quinta-feira, 23 de agosto de 2012
SEMINÁRIO DIOCESANO DE CAMPINA GRANDE REALIZA CURSO COM PADRE FERNANDO CARDOSO
Olá amigos internautas que visitam nosso blog;
É com muita alegria que trazemos até você mais um curso de extensão cultural com o renomado biblista e apresentador dos Programas "Páginas Difíceis da Bíblia" e "Pão Nosso de Cada Dia"; veiculados na REDE VIDA, o Padre Fernando Cardoso.
domingo, 19 de agosto de 2012
VOCAÇÃO
Deixar
tudo e seguir a Jesus Cristo!
“A colheita é grande,
mas os operários são poucos!” (Mt 9,37)
Não é tão fácil compreender
com rapidez o significado do chamado do mestre Jesus. Necessita de um tempo de
caminhada, e esse tempo implica em maturidade, pois deixar pai, mãe, amigos,
emprego e até possibilidade de sucesso para se colocar inteiramente a serviço
dos irmãos, exige no mínimo uma atitude de fé e coragem.
A decisão de deixar a
casa paterna é livre. Nenhum jovem é obrigado segui-lo, ninguém pode sentir-se
pressionado, quando sentimos o chamado do Mestre em nosso coração não há como
hesitar! É preciso ir em frente, lançar-se sem reservas. Para quem faz uma
opção consciente não há porque se preocupar com o que comer, o que vestir, com
o dinheiro, tudo isso se torna desnecessário de preocupação, pois um coração
partido não pode seguir Jesus, um coração que não esteja disposto a um ato de
amor maior, também terá dificuldades de manter-se fiel ao projeto de amor.
Uma resposta de amor ao
chamado de nossa vocação exigirá ruptura como todas as demais opções que o
jovem faz na vida. Exige de nós que vivamos as limitações das opções. Tudo é
doação. “Eu vim para fazer s tua vontade
e não a minha” (Jo 6,38).
O chamado de Deus é sempre
um interrogativo e é bom que seja assim, pois dessa forma o vocacionado nunca
pára. Continuamente estar à procura. A busca dinamiza a ação da pessoa chamada.
Jucélio Lindenberg
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
IPADS E SMARTPHONES NÃO PODEM SUBSTITUIR MISSAL NA LITURGIA
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012
MENSAGEM DO NOVO BISPO DE CAMPINA GRANDE-PB
Olá internautas...acolhemos com muita alegria e entusiasmo a mensagem do nosso novo Pastor, Dom Frei Manuel Delson,OFMcap.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
CAMPINA GRANDE TEM NOVO BISPO
Papa nomeia novo bispo para Campina Grande
Dom Delson Pedreira da Cruz |
Na manhã de hoje, 8 de agosto, o Papa Bento XVI, transferiu o bispo de Caicó (RN), Dom frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, para a diocese vacante de Campina Grande (PB).
Dom Delson é vice-presidente da CNBB Nordeste 2 (composta pelos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Bispo referencial para a Comunicação do Regional.
Dom Manoel nasceu Biritinga (BA) em 1954. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário São Francisco de Assis, em Nova Veneza (SP). Tem mestrado em Ciência da Comunicação, na Pontifícia Universidade Salesiana, em Roma, e licenciatura em letras pela Universidade Católica de Salvador (BA).
O novo bispo de Campina Grande foi ministro provincial em Salvador (1998 e 2001) e exerceu o cargo de Definidor Geral para a América Latina junto à cúria geral dos Capuchinhos (2002 a 2006).
Seu lema episcopal é “Ide aos meus irmãos” (Jo 20,17).
Fonte: CNBB
terça-feira, 7 de agosto de 2012
FRONTEIRAS DA LIBERDADE
Fronteiras da Liberdade
Passei o dia de hoje
pensando que título atribuir a esta reflexão. Foi quando alguém que atendi
voluntariamente me ofereceu o termo “fronteiras”. Daí: Fronteiras da liberdade.
O tema da liberdade já era pensado, e desde a semana passada questionava a mim
mesmo sobre os limites desta liberdade. Quando começa e até onde vai a
liberdade? Quais as condições para que uma pessoa seja livre? Ser livre é fazer
o que se quer? Pontuarei a minha fala em dois eixos baseados na Logoterapia e
Análise Existencial: 1 - não somos livres de tudo; 2 – Somos livres para nos
posicionar diante de tudo.
Refletindo acerca do
primeiro eixo sabemos que existem situações nas quais jamais poderemos nos
libertar, quais sejam: o nosso código genético, a cultura na qual nascemos, memórias
ou culpas do passado, e, não ocorrendo um milagre, livrar-nos de uma doença na
qual ainda não se tem uma cura. Diante destas situações, não nos resta outra
alternativa senão aceitarmos enquanto imposições do destino.
Importante destacar que
destino aqui refere-se a tudo o que não podemos mudar. Ao contrário da visão de
destino como um futuro definido, refiro-me a ele como todas as vivências
instaladas no passado as quais não podemos mudar. Ora, se não somos livres
deste destino, que grau de liberdade compete aos seres humanos? Falo aos seres
humanos, porque todo e qualquer animal, com exceção do homem e da mulher, é
submisso aos seus instintos e às leis da natureza. Eles não podem escolher,
decidir ou se responsabilizar diante dos fatos. Adianto então o segundo ponto: a
liberdade consiste em escolher, decidir e se responsabilizar diante de
situações mutáveis e imutáveis.
Neste caso, se estou
acometido de uma doença incurável, não podendo mudar o curso natural da morte,
posso, ainda assim, escolher uma nova maneira de viver ou uma forma digna de
morrer. Posso dar outro significado ao sofrimento através de uma nova forma de
enxergar e viver a vida. Diante de uma culpa, se jamais poderei separar-me
dela, posso me retratar dando a ela um sentido. Foi assim o que fez uma mulher
que, anos após praticar um aborto, uma vez arrependida e não mais tendo
condições físicas de gerar uma vida, resolveu adotar um filho. Foi também assim
que uma jovem, traumatizada com a morte de sua mãe quando ainda ela era uma
criança, trouxe o assunto numa psicoterapia ou numa confissão, perdoando a si
mesma pelas vezes em que não deu o merecido valor à mãe, bem como perdoando a
Deus, pois, inconsciente, acreditava que Deus tinha culpa na morte de seu ente
querido. Viktor Frankl tinha absoluta razão: não somos “livres de”, mas somos “livres
para”. Não somos livres para mudar determinadas situações, mas somos livres
para nos posicionar diante delas.
Diferente do que muitas
pessoas pensam, ser livre não é fazer o que vier à cabeça, pois assim fazem os
animais irracionais, guiados pelos instintos ou pelos impulsos comandados pela
sensação de prazer. Ser livre não é fazer o que se quer, pois em cada cultura a
ética nos obriga a limitar a nossa liberdade desde que atinja os valores da
coletividade. Na verdade, ser livre é poder dizer SIM às situações que possuem
um sentido para a nossa vida e um bem-estar para os outros que convivem conosco.
Também, ser livre é poder dizer NÃO às situações que nos põem a nos rebaixar,
tais como o vício das drogas, sofrimentos desnecessários ou a morte suicida.
Tudo isto porque a
liberdade supõe uma capacidade de escolhermos entre o bem e o mal, de decidirmos
de que lado estamos e de nos responsabilizarmos diante das inúmeras situações
que se apresentam em nossa vida.
ABRAÇOS, E ATÉ À PRÓXIMA
SEMANA, SE DEUS QUISER.
Psicólogo Gilvan Melo
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
CIÚMES...
Há razão para o ciúme?
Psicólogo Gilvan Melo
Atônitos todos nós
acompanhamos as notícias sobre o crime aparentemente passional da bacharela em Direito Elize Matsunaga ,
que assassinou e esquartejou o bilionário Marcos Matsunaga. De um conto de
fadas no qual a mocinha pobre do interior do Paraná encontra o seu príncipe
encantado, a um final macabro de filmes de terror, supostamente a motivação da
morte foi o ciúme. Deixando outras motivações do crime à parte, põe-se em
discussão: até que ponto o ciúme é benéfico ou maléfico numa relação a dois?
Tendo como sentimentos
básicos do ser humano o amor e o ódio, entendo que o ciúme transita entre os
dois, ou seja, ora motivado por um sentimento de zelo ao outro, ora mobilizado
por sentimentos de posse, torna-se difícil identificarmos quando ele – o ciúme
– é bom ou não à relação. Entretanto podemos aprofundar esta questão.
Vejam: se ao vermos o
nosso parceiro ou parceira com outra pessoa aos abraços, beijos ou intimidades
além da conta, e não sentimos ao menos uma ponta de ciúme, constatamos que há
algo de errado em nós.
Certamente o ciúme seria o sentimento mais provável nesta
situação. Desabrochariam inseguranças, sentimentos de perda, de impotência, que
consumaria em atos prováveis de agressões verbais ou físicas em direção ao
parceiro (a). Estaríamos diante de um ciúme normal. Logicamente que falar em
agressão e falar em assassinato e, principalmente, em esquartejamento, é outra
coisa completamente diferente.
Vejamos duas outras situações:
primeira: encontramos um número telefônico de um estranho ou estranha no bolso
da camisa do parceiro ou na bolsa de nossa parceira; segunda: ao telefonarmos
para o nosso namorado ou namorada descobrimos que ele ou ela não se encontra em casa. Se em ambas as
situações, deduzimos que estamos sendo traído ou traída, é, no mínimo, uma
atitude precipitada, quando não até neurótica. Ora, podemos até questionar de
quem é o número do telefone encontrado ou para onde foi o nosso amado (a), sem,
contudo, e antes, amarmos um barraco ou agredirmos com ofensas verbais ou
físicas o parceiro ou parceira. Quando se instala um ciúme de natureza
semelhante a estas situações, estamos diante de um ciúme patológico.
Para o espanhol Miguel de
Cervantes "Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os
quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as
suspeitas pareçam verdades."
E se “o ciúme quando é
furioso produz mais crimes do que o interesse e ambição”, como disse o pensador
francês Voltaire, fica a lição do inglês
William Shakespeare, que
escreveu Otelo, o Mouro de Veneza, um
clássico da literatura e da temática do ciúme: “Meu Senhor, livrai-me do ciúme!
É um monstro de olhos verdes, que escarnece do próprio pasto que o alimenta.
Quão felizardo é o enganado que, cônscio de o ser, não ama a sua infiel! Mas
que torturas infernais padece o homem que, amando, duvida, e, suspeitando,
adora.”
Felizes mesmo são aqueles
que amam e não precisam do ciúme para provar que amam. Amam pelo simples fato
de amarem sem nada quererem em troca, nem mesmo a recíproca do amor. E amando,
vivem apenas o seu amor e acreditam no amor do amado ou da amada.
AOS AMANTES DO AMOR,
FELIZ DIA DOS NAMORADOS.
TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
*Prof: Felipe Aquino
O episódio misterioso da
Transfiguração de Jesus sobre um monte elevado, o Tabor, diante de três
testemunhas escolhidas por ele: Pedro, Tiago e João, se situa no contexto a
partir do dia
em que Pedro confessou diante dos
Apóstolos que Jesus é o Cristo, “o Filho de Deus vivo”. Esta confissão cristã
aparece também na exclamação do centurião diante de Jesus na cruz:
“Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39), pois somente no
Mistério Pascal o cristão pode entender o pleno significado do título “Filho de
Deus”.
A partir desta revelação de Pedro,
inspirado pelo Pai, Jesus, diz S. Mateus, “começou a mostrar a seus discípulos
que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse… que fosse morto e
ressurgisse ao terceiro dia” (Mt 16,21). Pedro rechaça este anúncio, os demais
também não o compreendem, mas Jesus mostra a eles que afastá-lo do cálice da
Paixão, que ele deveria beber, era ser movido por Satanás.
O Evangelho segundo S. Lucas destaca
a ação do Espírito Santo e o sentido da oração no ministério de Cristo. Jesus
ora antes dos momentos decisivos de sua missão: antes de o Pai dar testemunho
dele por ocasião do Batismo e também antes da Transfiguração, e antes de
realizar por sua Paixão o plano de amor do Pai.
O rosto e as vestes de Jesus
tornam-se fulgurantes de luz, Moisés e Elias aparecem, e é importante notar que
o evangelista destaca sobre o que eles falavam: “de sua partida que iria se
consumar em Jerusalém” (Lc 9,31). Uma nuvem os cobre e uma voz do céu diz:
“Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” (Lc 9,35). A nuvem e a luz
são dois símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as
manifestações de Deus (teofanias) do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura,
ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua
Glória: com Moisés sobre a montanha do Sinai, na Tenda de Reunião e durante a
caminhada no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do
Templo.
Na Transfiguração a Trindade inteira
se manifesta: o Pai, na voz; o Filho, no homem; o Espírito, na nuvem clara. E
Jesus mostra sua glória divina, confirmando, assim, a confissão de Pedro.
Mostra também que, para “entrar em sua glória” (Lc 24,26), deve passar pela
Cruz
em Jerusalém. Moisés e Elias haviam
visto a glória de Deus sobre a Montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado
os sofrimentos do Messias. Fica claro que a Paixão de Jesus é sem dúvida a
vontade do Pai: o Filho age como servo de Deus.
A rica liturgia bizantina assim reza
na festa da Transfiguração: “Vós vos transfigurastes na montanha e, porquanto
eram capazes, vossos discípulos contemplaram vossa Glória, Cristo Deus, para
que, quando vos vissem crucificado, compreendessem que vossa Paixão era
voluntária e anunciassem ao mundo que vós sois verdadeiramente a irradiação do
Pai.”
No limiar da vida pública de Jesus
temos o seu Batismo; no limiar da Páscoa, temos a sua Transfiguração. Pelo
Batismo de Jesus foi manifestado o mistério da primeira regeneração: o nosso
Batismo; já a Transfiguração mostra a nossa própria ressurreição.
Desde já participamos da Ressurreição do Senhor pelo Espírito Santo que
age nos sacramentos da Igreja. A Transfiguração dá-nos um antegozo da vinda
gloriosa do Cristo, como disse S. Paulo, ” Ele vai transfigurar nosso
corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso” (Fl 3,21). Mas ela nos
lembra também que com Jesus “é preciso passarmos por muitas tribulações para
entrarmos no Reino de Deus” (At 14,22). Por isso, como Cristo, o cristão não
deve temer o sofrimento.
Unidos a Cristo pelo Batismo,
já participamos realmente na vida celeste de Cristo ressuscitado,
mas esta vida permanece “escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). “Com ele nos
ressuscitou e fez-nos sentar nos céus,
em Cristo Jesus” (Ef 2,6). Nutridos
com seu Corpo na Eucaristia, já pertencemos ao Corpo de Cristo. Quando
ressuscitarmos, no último dia, nós também seremos “manifestados com Ele cheios
de glória” (Cl 3,3).
Santo Agostinho nos ensina que:
“Pedro ainda não tinha compreendido isso ao desejar viver com Cristo sobre a
Montanha. Ele reservou-te isto, Pedro, para depois da morte. Mas agora Ele
mesmo diz: Desce para sofrer na terra, para servir na terra, para ser
desprezado, crucificado na terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce
para ter fome; o Caminho desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para
ter sede; e tu recusas sofrer?” (Sermão 78,6).
Assim, pela Transfiguração Jesus
preparou os discípulos para não se escandalizarem com a sua Paixão e morte na
Cruz, o que para eles foi um trauma e um grande desafio; mostrou-lhes a Sua
glória e divindade; e deu-lhes conhecer um antegozo do Céu. Mas para isso, como
Ele, temos que passar pelas provações deste mundo, sempre ajudados pelas
consolações de Deus.
FONTE: Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br
DROGAS...
“Drogas nunca mais”
Psicólogo Gilvan Melo
“Drogas nunca mais” é o
título de uma das músicas do cantor e compositor Ednaldo Francisco, um dos
coordenadores da Fazenda do Sol, localizado em Campina Grande.
Quem conhece a realidade de um dependente químico sabe que
histórias se repetem, êxitos e insucessos também. Se há muitos que venceram o
vício das drogas, muitos também têm submetido as suas vidas sob o jugo de
intermináveis fórmulas de destruição: crack, cocaína, LSD, entre outras.
Mais que as guerras, as
catástrofes naturais e os desastres automobilísticos, as drogas têm ceifado do
mundo muitos jovens, têm destruído muitas famílias e provocado inúmeros
desafetos e problemas psicológicos na atualidade. Quem, infelizmente, não
conhece alguém que, devido às drogas, moram em casas de acolhida, abandonaram
seus empregos e famílias ou largaram seus estudos? Quantos jovens vivem hoje em
depressão porque se entregaram ao mundo das drogas, e não têm forças para se
reerguerem?
Certa vez o psiquiatra
Antônio Mourão, numa conferência em que também eu estava presente, desafiou o
público sobre o uso das drogas. Afirmava ele que todos ali tinham algum dia
provado algum tipo de droga. E prosseguiu elencando quais os tipos de droga que
se referia: álcool, café, chocolate, calmantes, ansiolíticos, fora as drogas
ilícitas. O mais interessante: “se alguém quiser conhecer sintomas de um
drogado, basta conhecer os sintomas de um homem apaixonado: vive pensando nela,
sente saudades dela, possui desdobramentos orgânicos e afetivos quando dela
está ausente, enfim, sintomas de um drogado e de um apaixonado são
semelhantes.”
Pertinentes reflexões
deste psiquiatra. Pertinentes porque achamos que drogado é somente aquele que
se utiliza de maconha, cocaína, crack, e todos nós, que assistimos às suas
desgraças, estamos isentos dela. Ledo engano: Se depositamos o sentido de nossa
vida em algo passageiro, seja um alimento, um vício qualquer (jogar, comprar,
trabalhar, etc) ou até mesmo uma pessoa cuja função é obedecer aos nossos
instintos carnais, corremos o grande risco de nos tornarmos dependentes
químicos.
Especialistas que
trabalham com a problemática da dependência, são unânimes em afirmar que o
álcool é a pior droga e a mais nociva às pessoas. Ele – o álcool - é a porta de
entrada de outras drogas. É ele que provoca separações conjugais, que faz
perder empregos, que pode gerar impotência sexual, e o pior: que, sutilmente,
faz de nós joguetes no mundo, pessoas irresponsáveis, que nada responde aos
apelos da vida, e faz da vida algo sem sentido.
Não quero com isto
minimizar perigos inerentes a drogas consideradas de alto teor de dependência,
como, e principalmente, o crack e o recente e temível oxi. É tão perigoso que o
Governo Federal vem incentivando casas de recuperação de dependentes para
venceram este grande mal à sociedade. Entretanto, se há uma instituição que
mais precisa de ajuda, esta se chama família. Voltemos à mesma tecla: o jovem
ou adulto que hoje é dependente químico, um dia foi uma criança indefesa e
ingênua, aberta aos estímulos e afetos dos pais ou responsáveis. Foi uma
criança que não sabia distinguir o bem do mal e que estava sempre aberta a
receber amor dos pais.
Pensemos nisto. Como diz
a música do nosso Ednaldo, ele que continua vencendo as drogas e há anos vem
reforçando seu destino com atos: “agora é hora de não olhar pra traz, passado
errado, drogas nunca mais, pois o sol me curou.”
AOS AMIGOS DA FAZENDA DO
SOL, UM ABRAÇO.
CIÚME
O sentido da festa
Psicólogo Gilvan Melo
Celebrar: eis o sentido
da festa. Sempre foi assim, povos antigos se reuniam para celebrar a hora da colheita,
o sucesso da caça, o nascimento de um filho ou a morte de um guerreiro.
Festejar fazia parte de um ritual cuja função extrapolava a mera comemoração;
também tinha a função de perpetuar o momento, ecoar na memória da comunidade
aquele instante especial. Festejar não se resumia em bebedeiras e comilanças, e
nem sempre fora instrumento de orgias e bacanais (existia em homenagens ao deus
grego bacon), mas em maior escala, possuía o sentido místico ou religioso de
sacralizar a vitória.
Nós brasileiros certamente
herdamos o espírito de festa dos nossos ancestrais índios e negros. Os índios Tupis,
Tapuias, Tupinambás, Potiguaras e tantos outros, transformaram em festa dezenas
de momentos vivenciados em suas aldeias; seus rituais de nascimento, de
passagens ou de morte até hoje reverberam em algumas culturas brasileiras que
preservam o “núcleo duro” dessas celebrações. Entre
os Tupinambás - grupo indígena extinto que habitava no litoral paulista-,
quando nascia uma criança do sexo masculino, o pai levantava-se do chão e
cortava-lhe o umbigo com os dentes. (Cf: http://www.museudoindio.org.br.Acesso
em 04 de julho de 2012). Ligado a um costume africano, “beber o morto” é
ainda hoje visto no interior da Paraíba e da Bahia. Também as festas de
iemanjá, tão badaladas no sul do país, foram marcas deixadas pelos
afro-brasileiros. Da mesma forma, festas de São Cosme e Damião no nordeste
ainda hoje são vivenciadas por comunidades religiosas no nordeste
brasileiro.
Uma festa é marcada pela
arte, seja arte culinária ou arte propriamente dita: dança, música, artesanato,
teatro, etc. Quem poderia imaginar, por exemplo, o “Maior São João do Mundo”, em
Campina Grande, sem canjica, pamonha, milho assado ou cozido, pé de moleque;
sem forró, sem quadrilhas, sem o trio pé de serra, sem Luiz Gonzaga, o “Rei do
Baião”?
Há alguns dias do final
desta que é considerada a maior festa popular do Brasil, o São João, podemos
constatar que nada é tão bela quanto a participação do povo nas mais variadas
representações: povo rico, povo pobre, negros, brancos, pessoas do Sul, do
Norte, do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste, entrançaram-se no Parque do Povo e
eles – sim! eles e nós – fizemos a festa acontecer. Fomos o público sem o qual
não haveria festa. Celebramos ou fizemos perpetuar o tempo de chuva, a colheita
do milho, a vida dos Santos padroeiros: São João, São Pedro, São Paulo e Santo
Antônio.
Claro que muitos sequer
entenderam o sentido da festa, apenas “encheram a cara” de cachaça, praticaram
sexo irresponsável, agrediram pessoas ou transformaram a festa em atos de
vandalismo.
Felizes foram aqueles que
acenderam a sua fogueira em clima de família, mataram a saudade de filhos e
netos que vieram à Campina Grande, contemplaram cidades cenográficas, sítios, feiras,
que representaram a cultura popular nordestina; assistiram aos shows, dançaram
nas palhoças, em intenso clima de comunidade: comunidade que soube brincar,
confraternizar-se e manter a memória desta festa linda chamada “São João”.
Até o próximo ano, se
Deus quiser.
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