terça-feira, 16 de outubro de 2012

EM BUSCA DE SENTIDO




A palavra escrita



Contrário à fluidez da voz, a palavra escrita é dura, perene e histórica. Suas marcas costumam documentar um momento, uma decisão ou uma união. Seja um certificado, uma declaração, uma carta, o texto escrito não deixa margem à dúvida. Dependendo da sua clareza, ele serve para atestar o que fora decidido informalmente. A palavra escrita é uma forma de testemunhar uma voz.
Em relação à santa escritura, que do aramaico ao grego, do grego à língua latina, e desta até nós, muitas transformações linguísticas criaram interpretações diferentes que desembocaram em religiões e culturas das mais variadas. Desta forma, expressões como: “um camelo que passa pelo fundo de uma agulha”, “se teu olho for causa do mal, arranca-o” ou “sua mãe e seus irmãos estão a sua procura”, provêm de textos polêmicos, que requerem uma interpretação que ultrapassa o texto escrito, obrigando que estudiosos - os exegetas – ajudem o leitor comum a entender o sentido da palavra escrita. Só assim entenderemos, nestes exemplos, que “camelo” refere-se a uma corda de grande espessura; que o olho a que refere o texto é entendido como uma metáfora ou um sentido figurado do pecado através do olhar impuro; e que “irmãos” no tempo em que foi escrito representava parentes próximos. Nestes, e tantos exemplos, podemos entender que a palavra escrita, da mesma maneira que uma palavra falada, necessita de uma interpretação.
Com a era da informática e das redes sociais, tornaram-se obsoletas as cartas postadas, e ainda mais, as cartas entregues pelos caixeiros viajantes. Aquele tempo em que se esperavam vários dias por notícias dos parentes, do amado ou da amada, demora apenas um toque no teclado de um computador. O texto virtual hoje pulsa quase como uma voz presente. Inclusive com as variantes próprias do estilo: “vc”, “tb”, “naum”, “abc”; sobretudo os jovens acabam se entendendo com este tipo de linguagem que substitui a voz, não apenas por ser mais barato, mas porque é mais prático, rápido e menos comprometedor, apesar da voz ser mais fugaz que a escrita.
É pela palavra escrita que Pero Vaz de Caminha nos possibilitou compreender a história do Brasil. Pelos romances de Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, José Lins do Rego ou pelos textos musicados de Luiz Gonzaga, passamos a conhecer o nordeste brasileiro.
Na psicologia, através, da grafologia, somos capazes de conhecer a personalidade de uma pessoa através das suas escrituras: sua grafia, desenhos ou pinturas. Tudo porque o que escrevemos testemunha também o que somos, seja na força com que pegamos o lápis, na imagens que construímos ou nas linhas retas ou curvas que traçamos.
Por fim, a vida, no sentido poético, é também um livro que escrevemos numa folha que, inicialmente, foi nos dada em branco, e tempos depois será lido por todos aqueles que saboreavam nossos escritos. Felizes aqueles que têm tempo de autografarem o seu livro com um sorriso posto nos lábios.

                                                                                    Psicólogo Gilvan Melo

EM BUSCA DE SENTIDO



A palavra falada



Num tempo em que celebramos a palavra de Deus posta nas escrituras sagradas, nada mais oportuno do que refletirmos sobre a importância da palavra em nosso meio. Sendo a palavra manifestada pela fala ou por um texto, comumente costumamos dividi-la em: palavra falada e palavra escrita. Hoje me proponho a apresentar a palavra falada.
Primeiramente quando falamos de palavra falada, cujo veículo de comunicação é a voz, é importante compreendermos as nuances desta voz, ou seja, percebermos sua carga afetiva, em que tom, volume, intensidade e contexto ela é proferida. Por exemplo, imagina-se que a voz de um pai compreensivo para com seu filho que vive um momento de aflição, seja uma expressão de carinho, possua um tom amigável, volume e intensidade normais. Ao contrário, a voz de um pai incompreensivo num mesmo contexto de aflição de seu filho, imagina-se ser uma voz em tom agressivo, volume alto e de forte intensidade.
O poeta, romancista e medievalista suíço Paul Zumthor diz que “a voz é uma extensão do corpo.” Segundo o estudioso, é pela performance da voz que alguém se comunica, trazendo em sua expressão, linguística e corporal, os desejos mais contidos e a expressão mais explícita. Quando um filho escuta a voz de sua mãe, ele não costuma dizer: “escutei a voz da minha mãe”, mas diz com emoção: “minha mãe chegou”. A voz pode encantar como também pode paralisar alguém. Nós psicólogos, se queremos adentrar nos traumas de uma pessoa, para fazer dele emergir a cura, o fazemos reconhecendo vozes escondidas no interior da pessoa, digamos, vozes traumáticas, que contribuíram para que se instalasse no corpo do paciente comportamento semelhante à simbologia da palavra instalada. Desta forma, ao falarmos da palavra “amor”, alguém pode associar “amor” à “mágoa”. Ao falarmos “amigo”, desdobra-se uma outra palavra: “decepção”. Ao falarmos a palavra “sonho”, pode surgir no interior da pessoa a palavra desinibidora “conquista”. É assim mesmo: palavra puxa palavra, pois existem vozes caladas dentro de nós à espera de alguém ou de uma situação no presente que as puxe. Palavras paralisantes. Palavras libertadoras.
Nem sempre a voz expressa-se através do corpo. Às vezes um texto escrito traz também “indícios da voz”. Bom exemplo é a escritura sagrada, por onde a voz se manifesta assim que lemos alguns trechos. Quem, por exemplo, não imagina a carga afetiva, tons, intensidades e volumes no relato dos evangelistas ao descreverem a “ira santa” de Jesus ao ver comerciantes vendendo mercadorias no templo sagrado? Quem não imagina a voz piedosa do Cristo, perdoando àqueles que o puseram na cruz? Quem seria capaz de ler um salmo de Davi sem entoar poeticamente os seus versos?
A escritura sagrada é um texto que deve ser lido com o olhar e com o ouvido. Ela deve ser entendida com sensibilidade afetiva e histórica; deve ser apreendida como se alguém estivesse falando para nós. É verdade: Deus fala também para nós através dos textos sagrados, simplesmente porque existe uma voz que fala na escritura. Os textos bíblicos são oráculos de Deus, ou seja, respostas às nossas orações.
Portanto, ao ler hoje a palavra de Deus, saiba que uma voz ecoa de seus versos, de suas parábolas, de seus salmos. Fiquemos atentos às palavras ou à palavra que pode nos libertar, mas também paralisar.
Psicólogo Gilvan Melo



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ABERTURA DO ANO DA FÉ


No Brasil, Ano da Fé será aberto na festa da Padroeira

Da Redação, com CNBB



O Ano da Fé, aberto oficialmente pelo Papa Bento XVI, em Roma, nesta quinta-feira, 11, terá início oficial na Igreja do Brasil nesta sexta-feira, 12, data em que se comemora a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. 

A abertura será durante a Missa solene da festa no Santuário Nacional, às 10h, que terá a presidência do Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes.

Acesse

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convidou Dom Cláudio para presidir a Celebração Eucarística porque o Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, está em Roma.

Dom Damasceno explicou que esta não é a primeira vez em que o Papa proclama um Ano da Fé. “O Papa Paulo VI, que é hoje venerado como Servo de Deus, proclamou também o Ano da Fé em 1967”.

O presidente da CNBB ressaltou ainda que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta fidei (Porta da Fé), recorda a beleza e a centralidade da fé a nível pessoal e comunitário e fazê-lo em uma dimensão missionária.

“Precisamos fazer com que a beleza e a centralidade da fé cheguem até as pessoas que não conhecem Jesus Cristo e também na ótica da nova evangelização, isto é, fazer com que as pessoas que foram evangelizadas, mas que se esqueceram de Jesus recuperem a sua fé e retornem a vida da comunidade”, acrescentou o Cardeal.

Dom Damasceno reforçou que o Ano da Fé deve ser um momento para propor a leitura dos documentos do Concílio Vaticano II e aprofundar a sua reflexão para encontrar uma luz para nos guiar como cristãos no mundo de hoje.

“Portanto, a renovação da fé deve ser prioridade, um compromisso de toda a Igreja nos nossos dias”, acrescentou.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

VÍDEO ESPECIAL SOBRE SÃO FRANCISCO DE ASSIS




Olá, amigos internautas, visitantes do nosso blog! Sejam muito bem-vindos! 

Postamos este lindo vídeo sobre "São Francisco de Assis", vale apena assistir. Desejamos-lhe toda PAZ e todo BEM!

Francisco, como o vejo?


Irmã Maria Francisca, OSC (*)

Dia 4 de outubro é sempre para nós dia de grande festa. É nova oportunidade de olhar para este homem que aos olhos dos seus contemporâneos, a princípio, apresentou-se como um louco, mas que, aos poucos, deixou transparecer que o que nele estava acontecendo não era senão uma obra de Deus.

Desde aquele dia em que, já transformado, entrou na Igreja para rezar diante do Crucifixo de São Damião e ouviu a ordem de Jesus para que fosse restaurar sua Igreja em ruínas, Francisco se transformou num vaso aberto onde os céus puderam derramar todas as graças que, naquele momento, eram necessárias para realizar a vontade do Cristo Crucificado.

Vejo Francisco como um homem todo prontidão para, sem demora, cumprir o encargo recebido e, para isso, não mede esforços, apesar de sentir-se pequeno, humilde e pecador. Ele tem a certeza de que tudo o que o senhor lhe pede não é ele que vai cumprir, mas será obra do Senhor. Atribui tudo a Deus quando fala: “O Senhor me deu, o Senhor me ensinou, o Senhor me conduziu… etc.”

Ele foi e é até hoje o reformador da Igreja sempre que nós, seus seguidores, o olhamos com alma de discípulos para aprender com ele a servir o Senhor nada atribuindo a nós mesmos e, sim, tudo acolhendo das inspirações do Senhor. Nisto vejo o exemplo da desapropriação e o espírito de servo que deve permear a vida de todos os que querem viver deste modo.

Como Irmã Clarissa, pertencente a esta grande escola do Poverello de Assis e da mãe Santa Clara, também vejo a necessidade de ser este vaso aberto, onde Deus pode derramar suas graças a fim de hoje responder aos desafios que não são poucos do mesmo modo como Francisco respondeu.

O chamado de Francisco veio de encontro a uma atmosfera de frieza da fé e da falta reverência ao sagrado que havia naquele tempo. E, hoje, será que o chamado de cada Franciscano e Clarissa não é um grito a anunciar que Deus existe e quer ser amado, respeitado e obedecido em todos os seus preceitos de amor?

Francisco repete, ainda, a cada um de seus filhos e filhas: “Eu fiz a minha parte, que o senhor vos ensine a fazer a vossa!”
Feliz Festa do Poverello de Assis!






(*) Irmã Maria Francisca, OSC,
é Abadessa do Mosteiro São Damião de Porto Alegre (RS).
http://clarissasportoalegre.com/

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

IMAGENS QUE MARCAM...



Uma vida doada....por amor!

Salve Ó Francisco...Grande santo, artista do evangelho, arauto da PAZ e do BEM!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PROGRAMA "SEGUE-ME", ESPECIAL



Olá, internautas e ouvintes do Programa "Segue-Me"



Nesta quarta-feira dia 03 de outubro faremos um programa "ESPECIAL SOBRE SÃO FRANCISCO DE ASSIS", o grande arauto da PAZ e do BEM!!!


Não percam, teremos participação de Frades, e claro, a sua participação e o melhor da música católica.


Participe conosco!

Acesse: RÁDIO CATURITÉ 1050 AM
SITE: www.radiocaturite.com.br

(83) 3349-2100
Email: programasegueme@hotmail.com